sexta-feira, 30 de março de 2012

Um mundo rebelde…


O mundo de hoje mostra-nos uma realidade semelhante à do povo de Israel, povo rebelde e infiel como diz o profeta e espera que alguém faça idêntica pergunta: afinal onde mora Deus perante tanta rebeldia?
Não é difícil pintar o quadro de sombras que pairam no horizonte. Mundo de ateísmo e afastamento de Deus. 

Ninguém pode ignorar os múltiplos aspectos de rebeldia e indiferença espiritual do homem que, longe de Deus, cava a sua própria destruição.

Buscam-se ídolos no poder, no racionalismo e na falsa ciência sem sobrenatural, no hedonismo egoísta, violento e cego que nega toda a ordem de valores éticos e a dignidade da própria criatura humana, criada à imagem de Deus. 

Idolatria na exploração do outro pela sede de riqueza a todo o custo, nas desordens da sexualidade entendida apenas como instinto irracional, sem compromisso nem responsabilidade, afastada de todo o complemento afetivo e de humanidade plena, sem respeito pela ordem e pela pessoa, disposto a usar todos os meios para destruir as vidas que possam surgir dessa capacidade concedida por Deus quando chamou o gênero humano a ser colaborador na obra da criação.
O homem faz-se deus de si mesmo e encontra-se numa situação insustentável, escravo de todos os desvarios na fé, na ética e no relacionamento fraterno que seria próprio de irmãos que têm o mesmo Deus como Pai.

Aí está a infidelidade assinalada pelo profeta. Aí o desespero humano de quem não encontra razão de viver. Eis o projeto divino invertido. Eis o plano de felicidade impossível. Eis o amor perdido, a revolta implantada, o homem aniquilado.
Mas Deus não quer uma humanidade condenada ao desespero. Não quer uma sociedade sem lei nem respeito pelo próximo, não quer uma sociedade em crise. 

Mandou os profetas para que denunciassem as falsas aventuras e anunciassem a conversão, mandou os apóstolos para indicarem caminhos de salvação, mandou o seu próprio Filho para nos salvar.

 Confiou à Igreja, aos sacerdotes e aos fiéis, esta missão sublime. Onde havia infidelidade, lançar a fé; onde a rebeldia, anunciar a confiança; onde o ódio e o egoísmo, levar o Amor; onde falta Deus, anunciar a sua presença e despertar o interesse de O encontrar: Mestre, onde moras? E seguir o convite: vinde e vede. Sim temos de parar. 

A alegria a que nos convida a missa de hoje neste peregrinar quaresmal encontra o seu motivo na graça do Batismo, na infinita misericórdia divina que nos chama a uma vida nova.

Mesmo reconhecendo e prevenindo contra outras infidelidades do povo de Israel à maneira das «nações pagãs», infidelidades que provocam a destruição do Templo e o exílio, a misericórdia do Senhor manifesta-se na atitude do rei da Pérsia que manda reconstruir o Templo e regressar os filhos de Israel. O povo aceita a prova e busca a reconciliação e recupera a liberdade para de novo dar testemunho da sua fé.

A segunda leitura exprime de modo incisivo que “Deus é rico em misericórdia” e que tudo quanto há de bom e vida renovada é fruto desse amor infinito de Deus que chama continuamente à perfeição.

Se a salvação adquirida é pura graça divina, ela obtém-se pelo bom uso da liberdade. Nicodemos, modelo do homem livre, movido pelo santo desejo de verdade, foi ter com Jesus. 

É pelos caminhos da liberdade que podemos encontrar e seguir a Deus. «Deus criou o homem racional, dotado do domínio dos seus próprios atos, quis deixar o homem entregue à sua própria decisão, de tal modo que procure por si mesmo o seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegue à total e beatífica perfeição». «A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de maturação na verdade e na bondade. E atinge a perfeição quando está ordenada para Deus, nossa bem-aventurança». (Catecismo da Igreja, n.º 1730 / 1731.).

quarta-feira, 28 de março de 2012

NÃO HÁ LIBERDADE DE ESCOLHA QUANDO A ESCOLHA É MATAR O INDEFESO.


Contribuição especial do subprocurador geral da República, Cláudio Lemos Fonteles

Por Cláudio Fonteles*
BRASILIA, terça-feira, 27 de março de 2012 (ZENIT.org) – A discussão sobre o aborto assume grande relevo porque necessariamente diz com o tipo de sociedade em que almejamos viver: a sociedade amorosa, fraterna, solidária ou a sociedade do egoísmo, do abandono, da violência. E, porque a discussão é assim posta, assim devendo ser, efetivamente, o Estado, como a sociedade politicamente organizada, tem que enfrentar a questão e não, cinicamente, reduzi-la à esfera de opção individual.
A mulher e o embrião, ou o feto, se já alcançado estágio posterior na gestação, que está em seu ventre, são as grandes vítimas do cinismo estatal.
A mulher porque ou por todos abandonada – seu homem, sua família, seus amigos – ou porque, e o que é pior por assim caracterizar um estado de coisas, teme venha a ser abandonada pelo homem, pela família, pelos amigos.
A mulher porque incentivada, e estimulada, pela propaganda oficial e privada a desfazer-se da vida, presente em seu ser, como se a vida fosse um estorvo, um empecilho, um obstáculo que deve ser eliminado em nome, hipocritamente do direito à liberdade de escolha.
Não há liberdade de escolha quando a escolha é matar o indefeso.
O embrião, ou o feto, porque vida em gestação, mas, repito, vida-presente não se lhes permite a interação amorosa, já plenamente, ainda que no espaço intra-uterino, com sua mãe, e com os demais, caso esses não adotem a covarde conduta do abandono da mulher.
O Estado brasileiro consolidou em seu ordenamento jurídico “mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher”, editando a lei nº. 11.340/06, conhecida como a lei “Maria da Penha”.
Vamos ler alguns artigos dessa importante lei:
- “Poderá o Juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento (art. 23, I);
- Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário: fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas (art. 26, II);
- A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas competências: centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes em situação de violência doméstica e familiar; casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência doméstica e familiar; programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar (art. 35, I, II e IV)”
Ora, se assim o é, justamente para que a integridade física da mulher seja protegida, por que, cinicamente, o Estado brasileiro detém-se aqui e, em relação à mulher, que está grávida, que acolhe em si a vida, estimula-a a matar, também a abandonando?
Por que o Estado brasileiro, repito cínico, pela omissão e pela frouxa, errônea e irresponsável justificativa de inserir-se o tema na órbita privada, não tira, como tirou o tema da violência doméstica, portanto também privada, dessa estrita órbita e à mulher gestante não lhe oferece todos os mecanismos oferecidos à mulher fisicamente agredida, para que, assim claramente amparada, a mulher, em ambas as situações, tenha o direito de viver e fazer viver a vida que consigo traz?
Aguarda-se o governante municipal, estadual e federal que tenha coragem de defender a vida-mulher e a vida-embrião, ou a vida-feto, que a
primeira acolhe em seu ventre.
*
Claudio Fontelles, foi Subprocurador-geral da República, grau mais alto da carreira, atuou no Supremo Tribunal Federal na área criminal. Coordenou a Câmara Criminal (1991) e a antiga Secretaria de Defesa dos Direitos Individuais e Interesses Difusos - Secodid (1987). Escolhido pelo Presidente Luis Inácio Lula Procurador Geral da República dos anos 2003-2005. Lecionou Direito Penal e Direito Processual Penal. Recentemente graduou-se em Teologia pelo Instituto S. Boaventura dos Frades Menores Conventuais. É professor de Doutrina Social da Igreja no Curso Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília. Aposentou-se do cargo de subprocurador-geral da Repúbica em 15 de agosto de 2008http://www.claudiofonteles.blogspot.com/

sábado, 24 de março de 2012

NÃO FAÇAM POLÍTICA COM O CASAMENTO

 

A Christian Concern defende o conceito tradicional de família na Grã-Bretanha

Por Ann Schneible
LONDRES, sexta- feira, 23 de março de 2012 (ZENIT.org) - Com o governo britânico rumando para a legalização do casamento homossexual, aumenta o receio de consequências catastróficas para a sociedade caso o matrimônio seja redefinido para incluir os casais do mesmo sexo.
 
O governo britânico iniciou a revisão formal de um projeto de lei publicado pelo grupo Stonewall, de defesa dos direitos gays. 

O grupo propõe a alteração da definição jurídica de casamento, eliminando qualquer referência ao sexo.
O matrimônio é a base da sociedade e por isso é preocupante que o governo "faça política com o casamento" e coloque a sociedade no risco de consequências imprevistas. "Tudo vem daí: de um homem e de uma mulher que se comprometem por toda a vida e que têm filhos dentro do núcleo que eles construíram", afirma a ZENIT Andrea Williams, diretora da organização Christian Concern, acrescentando: "Se a família é forte, há uma cidade forte, uma sociedade e uma comunidade forte".
 
"Mas se o primeiro núcleo da sociedade estável é quebrado, as repercussões são enormes. 
É por isso que é essencial que o Estado dê valor ao casamento, aceite e crie leis que o sustentem como um grande legado, que o protejam e melhorem para o bem de todos. Mas o governo só está fazendo política com o casamento. Eles estão fazendo experimentos de engenharia social de massa que podem ter consequências devastadoras para o bem-estar da sociedade".
De acordo com Williams, em 2005, a legalização das uniões civis no Reino Unido aumentou o processo de avanço da sociedade em direção à redefinição do casamento para incluir casais do mesmo sexo,
independentemente do fato de as uniões civis oferecerem praticamente as mesmas proteções legais aos parceiros do mesmo sexo e aos casais. "Devemos lembrar que não se trata apenas de redefinir o casamento, mas de redefinir a família. Primeiro as uniões civis, depois o casamento e a família".
 
“O casamento é para a procriação dos filhos. O casamento gay deliberadamente nega às crianças uma mãe e um pai. É um experimento social de massa, e eu não acho que o governo realmente refletiu sobre isso”, completa Williams.
"Gostaríamos muito que pessoas de todo o mundo escrevessem a David Cameron [o primeiro-ministro britânico] para pressionar o governo. Agências, organizações religiosas, agências de viagens... As pessoas podem escrever para Cameron e dizer: Não façam política com o casamento. É perigoso demais. E os olhos do mundo estão observando você".

sexta-feira, 23 de março de 2012

FESTEJO SÃO JOSÉ DO EGITO / SUB COORDENAÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA





Mutirão de Confissões!



"Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados, e receberem a graça santificante."


Participe do Mutirão de Confissões!Dia 23 de março de 2012.
Paróquia Santa Teresa D'Ávilla.

Localizada na Rua Frei Manoel Procópio, 411 - Centro

quarta-feira, 21 de março de 2012

“CPI do aborto, já”, o Papa também quer

Minha vó costumava dizer pra mim, quando eu era criança, que “quem muito apanha uma hora aprende a bater”. 

Os católicos do Brasil aprenderam! É um fato. 

Depois das eleições de 2010, algo de diferente tomou as cabeças dos cristãos deste país. 

Descobrimos que podemos falar, que temos cidadania. Que somos livres!

Nesta semana, o vídeo da manifestação anti-aborto da Sra. Renata Gusson Martins caiu como uma bomba na cabeça das feminazis. “As senhoras não representam a mulher brasileira, é preciso dizer isso”, declarou Renata na presença de três senadoras pró-aborto, durante uma sessão da Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher, no dia 08 de março. Foi a primeira vez que uma mulher teve a ousadia de colocar às claras a estratégia abortista das multinacionais estrangeiras em uma reunião do Senado.  E as feministas tiveram de ouvir caladas!





Ainda nesta semana, o “Leão de Guarulhos”, Dom Luiz Bergonzini – o mesmo bispo que agitou as eleições passadas ao denunciar a abortista Dilma Rousseff – convocou a todos nós, católicos e não católicos, a participar da passeata “CPI do aborto, já”. 

O intuito da CPI é averiguar a venda ilegal de remédios abortivos e desmantelar as redes clandestinas de aborto existentes no Brasil.
Essa CPI está paralisada há quatro anos, desde que ela foi criada pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), a pedido da  Frente Parlamentar em Defesa da Vida. 

Nunca foi instaurada devido às pressões dos grupos feministas. 

Agora nós temos a chance de mudar este jogo.
A manifestação convocada pelo Arcebispo Emérito de Guarulhos será no dia 21/03/2012, a partir das 11h, em frente à escadaria da Catedral da Sé – São Paulo.

 De lá, os manifestantes devem seguir ao Fórum João Mendes, a partir das 12h30. 

O Fórum fica na Praça João Mendes, no Centro de São Paulo. A passeata é aberta a todos, desde adultos a crianças. Os participantes poderão levar cartazes e faixas.

Quem não reside em São Paulo poderá se manifestar através do Twitter. O tuitaço com a hashtag #abortonuncamais terá início às 13h do dia 21/03/2012. Os tweets deverão ser encaminhados, principalmente, para os @SenadoresBrasil@CamaraDeputados e @AssembleiaSP.
Façamos o Brasil ouvir a voz de Deus mais uma vez, pessoal.
SOLDADOS DE CRISTO, LEVANTAI-VOS

segunda-feira, 19 de março de 2012

SÃO JOSÉ

Nesta segunda-feira, dia 19 de março de 2012, estamos celebrando o Dia de São José
Foi no ano de 1870, que o papa Pio IX proclamou São José como “O Patrono da Igreja Universal”, e foi a partir daí que ele começou a ser cultuado na data de 19 de março.
 
Ele era descendente de Davi, trabalhava com carpinteiro na Galiléia e comprometido com Maria.
A mão de Maria era desejada por muitas pessoas, mas só a José ela foi concedida.
Depois que  Maria recebeu o anúncio do anjo Gabriel de que iria dar à luz ao Menino Jesus, José ficou um tanto quanto confuso, pois apesar de não ter tomado parte desta gravidez, confiava plenamente na fidelidade de Maria.
José resolveu terminar o noivado e deixá-la sem que ninguém ficasse sabendo, porém, durante um sonho, um anjo lhe apareceu e contou que o menino era o Filho de Deus e que ele deveria manter o casamento.
Ele teve muita importância no crescimento de Jesus. 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Paternidade responsável... e maternidade idem

 

Por: Sueli Caramello Uliano

Uma jovem professora de pré-escola me dizia que lhe causa muita tristeza ouvir repetidas vezes, de uma aluninha sua, este comentário: 
"Meu pai se separou da minha mãe, mas ele continua dando dinheiro para a comida."
Por que insiste nisso a pequena? Que estranha necessidade tem de valorizar tal atitude do pai, de modo a defendê-lo, justificá-lo diante dos coleguinhas e, especialmente, diante de si mesma?

 A menina sofre, porém não acusa o pai. 
Defende-o por amor. 
Tenta encobrir, com os argumentos que lhe ocorrem, a ausência paterna.
 E insiste no assunto, para que não persistam dúvidas.


Sabemos que esse exemplo não é um fato isolado. Antes, constitui hoje ocorrência muito freqüente os pais que se separam. 

Por isso é preciso armar-se de coragem e examinar a questão por outro ângulo: constitui hoje ocorrência muito freqüente filhos que sofrem desorientados, massacrados pelo conflito de constatarem a desunião daqueles para quem se inclinam amorosamente. 
Não raro, vêem-se divididos nos seus afetos, sofrendo remorsos.

Cada filho é um bem em si mesmo, por mais dificuldades que sua vinda acarrete. 

Está situado no ponto de encontro do amor entre o pai e a mãe, vem confirmá-lo, fortalecê-lo, aprofundá-lo. 

Cada filho exige dos pais um aprimoramento no exercício de se doar pelo bem de outrem, apela ao seu interior, à razão e à sensibilidade; clama por identificar neles a grandeza natural a que todo homem procura se ordenar, a imagem onde espelhar-se... E quando essa expectativa se frustra, frustra-se também boa parte de suas mais nobres aspirações.

Ninguém ignora que a convivência no lar pode ser abalada por fatores internos e circunstâncias externas, que ameaçam reduzir o amor a um jogo de egoísmo e orgulho. 

Mas uma arraigada convicção do valor da paternidade e da maternidade pode ser um antídoto eficaz para não sucumbir a certas solicitações, ainda que a opinião pública, nestes tempos de muita paixão e pouco amor, incentive a prevalência das fraquezas humanas sobre um ideal maior, de dignidade e honradez.

E como adquirir essa convicção? 

No caso da mulher, a constituição física, bem como a sua estrutura psicofísica, comportam em si a disposição natural para a maternidade.

 Além disso, a disponibilidade da mulher ao dom de si e ao acolhimento da nova vida completa o cenário que a predispõe para a maternidade como fato e fenômeno humanos.

 Uma vez concebido o filho, recai sobre a mãe o peso de lhe entregar as energias de seu corpo e de sua alma. 

Já se vê que a convicção do valor da maternidade tem muito mais possibilidades de se arraigar na mulher do que o da paternidade no homem. 

Afinal, o homem encontra-se sempre fora do processo de gestação e nascimento da criança. Deve, portanto, aprender da mãe de seus filhos a sua própria paternidade, esforçando-se por desenvolver em seu íntimo a capacidade de dar atenção à pessoa concreta do filho. 

Ao mesmo tempo, deve reconhecer que tem um débito especial para com a mulher, no conjunto dos fatos que os fazem genitores.

Nas últimas décadas, sob a pressão dos conflitos desencadeados pelo movimento feminista, muito se tratou do tema da maternidade. 

Já a paternidade não tem despertado tanta reflexão, como se fosse possível tratar os dois temas isoladamente. 

Não sei até que ponto essa dissociação no campo teórico pode ter contribuído para a dissociação na prática, mas o fato é que os casais chegam a acreditar que a sua separação nada tem a ver com a educação dos filhos. 

Como se a educação dos filhos não exigisse a dúplice contribuição dos pais, e o seu bom e amoroso relacionamento não contribuísse para a felicidade deles. 

E como se a separação não concorresse para a insegurança, favorecendo o desestímulo e as frustrações dessas crianças e jovens.

Cabe também destacar que - por conta de uma mal entendida realização feminina, que situou a importância profissional e social da mulher apenas fora do lar - a maternidade viu-se pressionada a reduzir-se à mera reprodução, a uma função fisiológica que não envolveria a essência feminina. 

Ora, essa redução da maternidade equivaleu também a reduzir a paternidade. O homem virou sêmen congelado, como já o vem apontando há algum tempo Antonieta Macciocchi, uma das intelectuais feministas de maior destaque na Europa.

Dar dinheiro para a comida, sair a passeio nos fins de semana, resolver problemas - na maioria das vezes financeiros - pelo telefone... Tudo sem tocar no nome da mãe.

 Cria-se com freqüência uma situação perversa: a mãe, a quem cabe geralmente a guarda dos filhos, é a figura que exige deles uma certa conduta no dia-a-dia, enquanto o pai se situa no lado do prazer, dos passeios inesquecíveis nos fins de semana. 

Que distância do convívio familiar global, quando pai e mãe providenciam o sustento da família, administrando os momentos de trabalho e lazer, resolvendo os problemas juntos, esquecendo-se de si para atender aos outros, relevando, superando os conflitos!

Evidentemente, as crises matrimoniais não são desencadeadas exclusivamente pelos maridos, mas, já que comemoramos o Dia dos Pais, seria muito pedir-lhes que reflitam sobre a essência da paternidade? 

O que deve haver para além da disposição (aliás, louvável) de levar os filhos pequenos ao colo entre a multidão que se movimenta nos shoppings? 

O que há para além do dinheiro que custeia as modas? 

Será que os filhos não observam mais nada? E, se observam, o que têm para ver?

 O que se lhes oferece como exemplo de firmeza de caráter, responsabilidade, persistência, honestidade, paciência, sinceridade? 

Sabemos que as virtudes só falam quando são vividas. Quem sabe um pouco de reflexão, boa vontade e disposição humilde de retificar ofereçam uma chance a tantos adolescentes desiludidos em conseqüência das tristezas que vivenciam no lar. Será que não vale a pena, papai? (Será que não vale a pena, mamãe?)



Sueli Caramello Uliano , mãe de familia, pedagoga, Mestra em Letras pela Universidade de São Paulo, Presidente do Conselho da ONG Família Viva, Colunista do Portal da Família e consultora para assuntos de adolescência e educação.
É autora do livro Por um Novo Feminismo pela QUADRANTE, Sociedade de Publicações Culturais.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O relato dilacerante de uma inocente condenada à morte por blasfêmia no Paquistão

Já postamos outras vezes sobre Asia Bibi aqui neste blog. Continuamos acompanhando o sofrimento dramático desta mulher paquistanesa condenada a morte por ser cristã, uma mulher simples, porém corajosa em nome de Cristo.
 

ASIA BIBI: TIREM-ME DAQUI!


O relato dilacerante de uma inocente condenada à morte por blasfêmia no Paquistão

Por Nieves San Martín
MADRI, quarta-feira, 14 de março de 2012 (ZENIT.org) – Foi apresentado na Espanha no último dia 6 o livro “Tirem-me daqui”, dramático relato do cativeiro da cristã paquistanesa Asia Bibi, condenada à morte por uma blasfêmia que ela não pronunciou. 
No lançamento, a jornalista francesa Anne Isabele Tollet, co-autora junto com a própria Bibi, anunciou que a França dará asilo político tanto a Asia como a toda a sua família, caso ela seja libertada do presídio onde espera pela execução.
Anne Isabele Tollet chamou a atenção para o fato de que essa eventual saída do país teria que ser imediata: da prisão direto para o aeroporto e dali para a França. Motivo: a vida de Asia Bibi corre menos perigo dentro da cadeia do que fora dela, onde muitos fanáticos estão dispostos a executá-la, como já executaram um governador e um ministro que se pronunciaram em sua defesa.
Na apresentação do livro, publicado pela editora Libroslibres em colaboração com a fundação Ajuda à Igreja que Sofre, a jornalista explicou como foi o processo que tornou a obra possível. Ela acompanhava Ashiq, o marido de Asia, em sua visita semanal ao presídio. Ashiq repetia para Asia as perguntas da escritora e lhe trazia as respostas. Tollet anotava imediatamente o relato, já que nem Ashiq nem Asia poderiam fazê-lo. Eles não sabem escrever.
O relato da vida de Asia Bibi é o de uma mulher do campo, simples, analfabeta, que nunca teria imaginado o pesadelo que está enfrentando.
Acusada injustamente de blasfêmia contra o profeta Maomé por algumas mulheres muçulmanas, ela foi condenada à morte e se consome à espera da execução, por enforcamento.
A jornalista usa as palavras de Asia Bibi para relatar os fatos que a levaram à condenação e descreve o ódio que ela suscita em fanáticos islâmicos, que, mediante uma sentença claramente política, a transformaram na bandeira da lei anti-blasfêmia. O livro também conta como ela passa os dias na cadeia esperando um possível indulto presidencial que nunca chega.
Muitas personalidades se pronunciaram em favor de Asia, incluindo a secretária de estado norte-americana Hillary Clinton e o papa Bento XVI. Além disso, duas pessoas já pagaram com a vida por terem-na defendido: o governador Salman Taseer e o ministro para as minorias Shabaz Batti, assassinados por fanáticos.
O livro relata a grande surpresa de Asia quando soube que o papa tinha falado em sua defesa. Disseram-lhe: "O papa Bento XVI falou de você na praça de São Pedro, em Roma".
Bento XVI afirmou: "Penso em Asia Bibi e na sua família e peço que a sua liberdade seja devolvida o quanto antes". O papa pediu ainda pelo conjunto dos cristãos do Paquistão, frequentemente vítimas da violência e da discriminação.
"De volta à minha cela, não consigo voltar a mim. O papa em pessoa pensa em mim e reza por mim! Eu me pergunto se mereço tanta honra e atenção. Por que eu? Não passo de uma pobre agricultora, e no mundo existem outras pessoas que sofrem como eu e que precisam mais ainda. Pela primeira vez, durmo na minha cela com o coração sossegado", relata a autora.
Mas Bibi teve na prisão outras notícias, nada agradáveis. Um dia, o carcereiro muçulmano lhe disse: "O seu anjo da guarda acaba de ser assassinado por culpa sua. O seu amado governador Salman Taseer, esse traidor dos muçulmanos, já foi banhado em sangue. Levou vinte e cinco tiros em Islamabad porque defendeu você".
"Meu coração treme e se encolhe, e os meus olhos se enchem de lágrimas. Imploro a Deus. Por quê?", reage Asia Bibi.
A prisioneira se questiona ainda sobre a impossível situação dos cristãos no Paquistão: "O que eles podem e devem responder se um muçulmano lhes pergunta se eles acreditam em Alá e em Maomé, seu profeta? Eu fui educada na fé de Cristo, da Virgem Maria e da Santíssima Trindade. Eu respeito o islã e a fé dos muçulmanos, mas o que posso responder diante dessa pergunta? Se eu digo que não acredito em Alá, mas em Deus e em Cristo, sou considerada blasfema. Se digo que acredito, sou considerada traidora, como São Pedro, que negou Jesus três vezes. Coisas como estas eu nunca me perguntei antes...".
"Eu lamento tanto ter sido transformada no emblema da lei da blasfêmia! As manifestações são contra mim, mas o que eles querem, na verdade, é manter esta lei que se tornou intocável, parece, desde a morte do governador".
Outra notícia terrível ainda encheria Asia Bibi de amargura: "Shahbaz Bhatti foi morto. Foi assassinado há três dias". "Nesse momento", relata Asia, "eu sinto um aperto muito forte no coração. Fico petrificada, as pernas me abandonam, me escondo no travesseiro, a respiração me treme. Vejo as paredes da minha prisão racharem e se derrubarem sobre mim.
Tenho a impressão de viver um pesadelo acordada, há tempo demais, e o último resquício de esperança que fazia o meu coração bater acaba de se apagar com a morte de Shahbaz Bhatti. O ministro sabia que estava sendo ameaçado, os jornais diziam que ele se arriscava a morrer, como o governador (...) Estou fulminada, destruída pela injustiça da morte do ministro (...) Ele morreu mártir".
A coragem e a resistência desta aparentemente frágil mulher é assombrosa. Ela poderia ter evitado tudo isto se, quando pressionada, tivesse se convertido ao islã para evitar a condenação.
"Enquanto eu tiver reflexo para respirar, vou continuar lutando para que Salman Taseer e Shahbaz Bhatti não tenham dado a vida à toa. 
Quero que o governo saiba que, mesmo se me trancar numa tumba, eu continuarei fazendo a minha voz ser ouvida enquanto o meu coração bater".
No final do seu relato dilacerante, Asia Bibi faz um apelo aos leitores: "Vocês leram a minha história (...) Agora que vocês me conhecem, contem o que me aconteceu para todos à sua volta. Divulguem. Acredito que é a única oportunidade que eu tenho de não morrer no fundo desta masmorra. Preciso de vocês! Salvem-me!".

quarta-feira, 14 de março de 2012

Padre Dário Paloschi-SCJ - Vigário da Paróquia Santa Rita


Nossa orações hoje para Padre Dário, agradecendo a Deus por ele estar bem após ser submetido a uma cirurgia de diverticulite. O procedimento foi realizada nesta segunda-feira(13), no Hospital São Rafael.

terça-feira, 13 de março de 2012

Bento XVI recebeu Anuário Pontifício 2012: número de católicos e vocações continuam aumentando


Vaticano, 12 Mar. 12 / 02:53 pm (ACI/EWTN Noticias)

Papa Bento XVI recebeu este fim de semana o Anuário Pontifício 2012, que é um registro compilado que recolhe dados e cifras da situação da Igreja em todo mundo até o ano passado registrando um aumento de número de católicos e de vocações ao sacerdócio.

A apresentação do texto foi realizada pelo Secretário de estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, acompanhado de Dom Angelo Becciu também da Secretaria de Estado e o diretor do Escritório Central de Estatística da Igreja, Dom Vittorio Formenti, junto a outros colaboradores.
Entre os dados consignados no anuário figura que durante 2011, o Papa erigiu oito Sedes Episcopais, um Ordinariato Pessoal e um Ordinariato Militar.

O documento também registra um aumento de 15 milhões de católicos no mundo, com relação a 2009. A proporção populacional de católicos no mundo se manteve em 17.5%.
O Anuário Pontifício também registra um incremento de 1 643 vocações sacerdotais. Para o Vaticano, esta é uma tendência crescente que se apresenta desde 2000.

sábado, 10 de março de 2012

NOVO APELO DE BENTO XVI EM DEFESA DA FAMÍLIA NATURAL

A exortação do Papa durante a visita ad limina dos bispos americanos

 
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 09 de março de 2012(ZENIT.org) – Preocupação com a liberdade religiosa e total apoio à Igreja nos Estados Unidos, foram expressos pelo Papa Bento XVI durante a visita ad limina apostolorum dos bispos americanos.
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Depois das Audiências dos meses anteriores (26 de novembro e 19 de janeiro 2012) esta manhã o Papa recebeu os bispos das Regiões VII, VIII e IX. Bento XVI teve a palavra logo após a homenagem do Mons. John Clayton Neintedt, arcebispo de Saint Paul e Minneapolis (Minnesota).
O Santo Padre acolheu a visita dos bispos como uma ocasião para refletir sobre “certos aspectos da evangelização da cultura americana à luz das dificuldades éticas e intelectuais do momento atual”.
 Bento XVI descreveu como “evidente” o enfraquecimento na sociedade americana da instituição do matrimônio e a “difusa rejeição a uma responsabilidade e madura ética sexual, fundamentada na prática da castidade, que leva a graves problemas sociais com imensos custos humanos e econômicos”.
Recordando o beato João Paulo II, que na Familiaris consortio afirmava que “o futuro da humanidade passa pela família”, Bento XVI denunciou as “potentes correntes políticas e culturais que tentam alterar as definições legais do matrimônio”.
O Papa então reiterou a firmeza do magistério católico sobre o matrimonio como instituição “arraigado na complementaridade dos sexos e orientado para a procriação”. Defender tal concepção é então “uma questão de justiça”.
O Pontífice divisou a dificuldade da Igreja em ensinar com uma abordagem justa o sacramento do matrimônio. Uma dificuldade devida, sobretudo, aos “limites nas catequeses das últimas décadas, que não consegue comunicar a rica herança do ensinamento católico sobre o matrimonio como instituição natural, elevada por Cristo a Sacramento”.
Também na pastoral familiar e matrimonial, portanto, o retorno ao Catecismo da Igreja Católica e ao relativo Compendio, é fundamental.
Em nível prático, o Papa afirmou que partilha com os bispos a preocupação em relação a práticas como a “convivência”: vários casais são “inconscientes do fato que se trata de um pecado grave, para não dizer no dano que causa à estabilidade da sociedade”.
Neste sentido o Santo Padre encorajou os bispos americanos a desenvolver “normas pastorais e litúrgicas claras” que não se prestam à ambigüidade.
O Papa acrescentou sua apreciação em relação aos vários planos pastorais promovidos pelas dioceses americanas, a partir da Carta Marriage :Love and Life in the Divine Plan de 2009, até as iniciativas destinadas as pessoas em dificuldades familiares, “especialmente os divorciados e separados, as mães solteiras, as mulheres que contemplam o aborto, e as crianças que sofrem trágicos efeitos da separação dos pais”.
Deve ser redescoberta, a “virtude da castidade”, valendo-se de uma “visão integrada, consistente e elevada da sexualidade humana”. Uma visão bem mais rica e fascinante do que as “ideologias permissivas” que ao contrário, representam uma “potente e destrutiva forma de contra-catequese para os jovens”. 
Os jovens devem encontrar a Igreja na sua “integridade” e nos “desafios de seus ensinamentos contraculturais”, na via do Catecismo que define a castidade como “a conquista do domínio de si, que é pedagogia para a liberdade humana” (n° 2339).
Em sua conclusão Bento XVI se deteve na pedagogia da infância, definindo a criança como “o grande tesouro e o futuro de toda sociedade”. Por este motivo é fundamental que cresçam “com uma saudável compreensão da sexualidade e do papel que é próprio nas relações humanas”.

quinta-feira, 8 de março de 2012

SORRIA...

AGRADECIMENTO ÀS MULHERES

Mensagem da CNBB pelo Dia Internacional da Mulher

BRASILIA, quinta-feira, 08 de março de 2012(ZENIT.org) - Os bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida, Presidente da CNBB; Dom José Belisário da Silva, Arcebispo de São Luís do Maranhão,Vice-Presidente da CNBB ; Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília, Secretário Geral da CNBB enviam mensagem à todas as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher.
A mensagem agradece “às mulheres por sua vocação e missão na Igreja hoje” e destaca a “sua específica contribuição na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária”.

Os Bispos citam a belíssima Carta às Mulheres , do Beato João Paulo II, para dizer obrigado “à mulher-mãe, que se faz ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única e que se torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz; à mulher-esposa, que une o seu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida; à mulher-filha e mulher-irmã, que levam ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da sua sensibilidade, intuição, generosidade e constância; à mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, econômica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dá à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, à edificação de estruturas econômicas e políticas mais ricas de humanidade; à mulher-consagrada, que se abre com docilidade e fidelidade ao amor de Deus; à mulher, pelo simples fato de ser mulher que, com a percepção que é própria da sua feminilidade, enriquece a compreensão do mundo e contribui para a verdade plena das relações humanas” (cf. Carta às Mulheres. João Paulo II, 1995).
A nota agradece “às mulheres cuja presença e atuação marcam fortemente a vida da nossa Igreja”, lembrando a “vocação evangelizadora, vivida no exercício dos vários ministérios”, fundamental “à Igreja no desempenho de sua missão de tornar presente entre nós o Reino de Deus”.
“Não sem razão, comemoramos em 2012 os 80 anos do voto feminino, uma conquista histórica”, continua, recordando o processo de redemocratização do país.
Os Bispos também recordam as inúmeras situações de violação dos direitos e da dignidade da mulher e neste contexto, “a CNBB reafirma o apelo do Documento de Aparecida: “É urgente escutar o clamor, muitas vezes silenciado, de mulheres que são submetidas a muitas maneiras de exclusão e violências em todas as suas formas e em todas as etapas de suas vidas” (Documento de Aparecida n. 454).
“Que Maria, modelo de mulher, seja sempre inspiração para todas as mulheres na vivência de sua vocação ao amor e ao cuidado da vida, em todas as suas dimensões, lutando por uma sociedade igualitária, de fraternidade e de paz”; termina a mesagem do Conselho Permanente da CNBB.
Por Maria Emília Marega

SORRIA!!!

FOTOS DO ULTIMO GRUPÃO...

...REALIZADO NA CATEDRAL DE NOSSA SRA. DE FÁTIMA.
PALESTRA MINISTRADA POR DRA. JURACIARA ABREU...

 
SOB RESPONSABILDADE DA SUB COORDENAÇÃO DE FÁTIMA
casal sub coordenador, Veronizo e Toinha.

Casal Coordenador Diocesano Alcerte e Dulcinea.