quinta-feira, 28 de junho de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012


 Mensagem do dia
 

A minha família é de Deus!




Com Deus faremos proezas, realizaremos maravilhas.
Por isso faça a sua parte: 
lute, ore, interceda, jejue, sacrifique-se, fale, exorte. 

Faça tudo o que estiver ao seu alcance. Chegará a hora em que cada pessoa da sua família haverá de se decidir e voltar para a casa do Pai. 

E quando isso acontecer, o Senhor mesmo irá dizer: “Meu filho, minha filha, tem confiança; os teus pecados te são perdoados”.

Depois o Senhor cuidará do restante: curando a paralisia, dando roupas novas, sandálias e anel novo de filiação, como ocorre com o filho pródigo.

Declare isto diante do Senhor:

 A minha casa é de Deus! A minha família é de Deus! É preciso que eu faça uma grande “Cruzada” para, no poder do Senhor, na unção do Espírito Santo, retomar o lugar santo que é a minha casa, que é a minha família.

Quero reconquistar e devolver para Deus minha casa e minha família. Entro nessa Cruzada, Senhor, investindo tudo. Invisto a minha vida, até o sangue, para reconquistar para Ti o lugar santo que é a minha casa.
Deus o abençoe!

Jonas Abid

sexta-feira, 22 de junho de 2012


APROVAR O ABORTO SERIA UM RETROCESSO PARA O BRASIL (PARTE I)


Entrevista com especialista em bioética, Pe. Helio Luciano
 
Por Thácio Siqueira
BRASILIA, quinta-feira, 21 de junho de 2012 (ZENIT.org) - De forma muitas vezes velada o Aborto tem sido introduzido em diversos países com raízes cristãs. Introduzido como prática legal e até mesmo financiado pelos governos e por grandes fundações internacionais. 
Dessa vez, para continuar ajudando os católicos do Brasil a refletirem sobre o tema, o Pe. Helio Luciano, mestre em bioética pela Universidade de Navarra, mestre em Teologia Moral pela Pontificia Universidade Santa Cruz em Roma e membro da comissão de bioética da CNBB, concedeu a ZENIT mais uma entrevista para esclarecer alguns pontos em relação ao aborto e ao perigo da aprovação do aborto numa nação.
Hoje publicamos a primeira parte dessa entrevista. 

***
ZENIT: Por que o aborto não deve ser legalizado no Brasil e em nenhum país? Os defensores da causa abortista alegam que a aprovação do aborto numa nação é sinal de progresso e desenvolvimento. Realmente é assim? A visão da Igreja católica não é uma visão redutiva da realidade?
PE. HELIO: O Direito nasceu – historicamente – para defender o mais fraco. Por exemplo; se um indivíduo tivesse várias posses materiais poderia vir a pressionar – através da ameaça ou outros meios coercitivos – um pobre a vender a sua terra. O Direito, na raiz da civilização, surge para defender a esse pobre que não poderia defender-se por si mesmo. Além disso, o Direito possui uma raiz natural, ou seja, deve respeitar a natureza e a verdade das realidades que regula – no exemplo citado anteriormente, podemos ver que a base natural é o direito que todos possuem à propriedade privada e o direito básico de uma pessoa ter o mínimo para sua sobrevivência.
Aprovar o aborto, ou despenalizá-lo, seria um retrocesso jurídico da nossa sociedade e, consequentemente, um retrocesso da nossa civilização – negaríamos a mesma raiz do Direito, ou seja, a sua base natural e a defesa do mais fraco.
Cientificamente, hordiernamente, ninguém pode duvidar que um embrião humano seja um ser humano – com um DNA humano único e irrepetível. É uma clara evidência científica – se pegamos uma célula deste embrião podemos afirmar claramente que é um indivíduo da espécieHomo sapiens sapiens.
O que se coloca em jogo, então, não é a possibilidade de eliminar algo que não seria uma vida humana, mas sim o conflito entre duas liberdades – a do embrião e àquela da mãe. É verdade que pode haver este conflito – e que, muitas vezes, existe de fato – mas, como víamos antes, a quem o Direito está chamado a defender? A vida de um ser inocente e indefeso ou a liberdade de uma mulher que não quer conceber este indivíduo (gerado por ela)? Quem é o mais débil, o mais fraco? Qual o bem maior – a vida de um ser, base de todos os demais direitos ou a liberdade de outro? Certamente o Direito – tal como foi concebido, com base em uma raiz natural – deveria defender aqui o direito básico à vida.
Que as nações chamadas de “Primeiro Mundo” tenham cometido este retrocesso civilizatório e jurídico não converte o aborto em sinal de progresso. É mais, seria um claro sinal de retrocesso. Há países na Europa cujo número de crianças abortadas supera o número de crianças nascidas. Falando só desde o ponto de vista econômico, não é esta uma das causas da crise europeia? Falta população que gere consumo interno, gerando produção e gerando emprego.
A “cultura de morte” jamais gerou progresso. Gera egoísmo, falta de doação, falta de caridade. Que sociedade é essa “civilizada” que considera os filhos não como um bem, mas como um mero problema a ser eliminado? Que sociedade civilizada é essa que mata aos seus próprios filhos, cidadãos e membros desta mesma sociedade?
Para evitar este retrocesso em todos os sentidos – humanista, moral, ético, jurídico, social – é que o aborto não deveria ser aprovado no Brasil e em nenhum lugar do mundo.
Por fim, a Igreja sempre foi e continua sendo mestra de humanidade. Certamente não está sendo redutiva neste ponto, mas está pedindo à humanidade que venha a ser humana de fato. Está pedindo que respeitemos o mais básico dos direitos – aquele da vida de um ser inocente. O reducionismo não é da Igreja, mas sim deste grupo de pessoas que se sentem iluminadas, que – com um alto grau de miopia – enxergam o retrocesso como progresso, enxergam o assassinato como liberdade.
ZENIT- A resposta da Igreja Católica a favor da vida do nascituro é uma resposta somente baseada na Sagrada Escritura, como pensam alguns?
PE. HELIO: Deus revelou muitas verdades aos homens, e muitas delas através da Sagrada Escritura. Dentre essas verdades reveladas, podemos dizer que existem dois tipos: as verdades totalmente sobrenaturais, que o homem jamais seria capaz de alcançar com suas próprias forças, como, por exemplo, a verdade de que Deus é Uno e Trino, ou a entrega de Cristo na Eucaristia. Esse tipo de verdade, logicamente, exige a fé. Por outro lado Deus também revelou algumas verdades de ordem natural, ou seja, verdades que o homem seria capaz de alcançar com suas próprias forças. Neste sentido, podemos dizer que somos ajudados a alcançar e entender essas verdades básicas. Porém, se alguém não tem fé ou não conhece a Sagrada Escritura, também é capaz de alcançar tais verdades.
Uma dessas verdades naturais – que qualquer pessoa com o uso de razão é capaz de alcançar – é a proibição de matar a um inocente. Culturas não católicas e não cristãs são capazes de entender essa obrigação humana. Países como o Japão, por exemplo – sem influxo cristão – possui legislação que defende a vida do inocente.
Portanto a questão da defesa da vida do embrião ou do feto não é um tema religioso. É uma questão de humanidade. Neste sentido, poderá de fato um dia haver leis contrárias à defesa da vida, mas jamais serão verdadeiras leis, porque serão contrárias ao próprio modo de ser do homem.
ZENIT- Outro dos argumentos usados em favor do aborto é o crescimento demográfico, que, segundo alguns, é algo que ameaça a vida do planeta. É válido esse argumento?
PE. HELIO: As teorias malthusianas parecem ter entrado de tal modo na cultura mundial, que se dá por suposto algo que, comprovadamente, é falso. Nestas teorias – que tiveram tanto êxito nos séculos XIX e XX – se dizia que o crescimento populacional se daria em progressão geométrica, enquanto os recursos humanos cresceriam em progressão aritmética. Deste modo, em poucas décadas, haveria uma completa escassez de recursos no planeta.
A mesma teoria malthusiana agora volta a estar de moda. Desta vez ela vem disfarçada com uma nova roupa, a do “ecologismo”, e com traços apocalípticos – como se o homem fosse o único mal da terra e esta estivesse a ponto de ser destruída. Chegamos à geração “Avatar” – que exalta a ecologia ao mesmo tempo em que mata seus próprios filhos. É verdade que não podemos desrespeitar o mundo que nos foi dado, é verdade também que temos um dever de justiça de deixar o mundo para as gerações futuras, mas é fundamental entender que o mundo está em função do homem – para ser utilizado racionalmente e com respeito.
A grande escassez de recursos anunciada por Malthus jamais se cumpriu. Os avanços na agricultura – desde a invenção do trator até as altas tecnologias utilizadas para as sementes – aumentaram a produção agrícola de modo vertiginoso e muito maior que qualquer previsão. As terras cultivadas hoje – segundo dados do Banco Mundial e da ONU – chegam somente a 24% do total de terras que ainda podem ser cultivadas no mundo. Além disso, as novas tecnologias constantemente permitem que terras consideradas inférteis sejam passíveis de cultivo – como, por exemplo, muitos hectares de terras antes consideradas desérticas em Israel. O fato de que ainda exista fome no mundo não se dá pelo excesso de população, mas sim pela ganância de poucos.
Com base em tudo que foi visto, é lógico que considerar o crescimento demográfico como uma ameaça à vida do planeta é uma teoria ultrapassada e absolutamente sem nenhuma evidência científica. O controle de natalidade – muitas vezes desrespeitando a própria liberdade da mulher através de esterilizações forçadas – antes de ser uma solução para o respeito ao meio ambiente, é uma das causas da crise. O aborto, como forma de controlar o crescimento demográfico, traz uma “cultura de morte” incompatível com o próprio modo de ser da humanidade. Como podemos querer respeitar o planeta se não somos capazes nem mesmo de respeitar aos nossos filhos?

quinta-feira, 21 de junho de 2012


O GÊNIO FEMININO


Reflexões de Dom Antonio Augusto Dias Duarte, Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro


*Dom Antonio Augusto Dias Duarte
RIO DE JANEIRO, quarta-feira, 20 de junho de 2012 (ZENIT.org) - A família, a grande família humana e cada uma das famílias que compõem a humanidade, é o grande projeto de Deus para que o homem e a mulher tenham um sentido nobre e prático para suas vidas.
Ambos, segundo o modo de ser que lhes é próprio, o gênio feminino e o gênio masculino, colaboram na sustentabilidade e no desenvolvimento da sociedade humana, que dentro desse projeto divino é condição necessária e fundamental para que os povos vivam em paz, na justiça e na igualdade de direitos e deveres.
Considerando a mulher vê-se que ela está cada vez mais presente na vida social, levando para além dos limites do ambiente familiar a sua valiosa contribuição como pessoa que é, e sempre com suas peculiares e profundas riquezas femininas.
Tanto a família como o mundo necessitam de uma mulher real e autenticamente emancipada, respeitada, madura e competente na profissão, reconhecida no seu papel público e domiciliar, para que ela possa injetar no ambiente político, cultural, educacional, etc., uma qualidade específica do seu gênio feminino.
Com palavras de um conhecido psiquiatra austríaco, discípulo de Freud, o vienense Viktor Frankl, há na mulher – no homem também de outra forma - aquilo que ele denominou de “poder de resistência do espírito”, isto é, a tenaz capacidade de reagir diante dos grandes valores humanos, a força para voltar a erguer-se e de reempreender o esforço necessário para comportar-se a altura da sua dignidade humana.
Se é verdade que o ser feminino e o ser masculino são portadores de igual dignidade e de igual responsabilidade social e familiar, é preciso considerar que toda a sustentabilidade e desenvolvimento da grande família humana exigem que o valor total e real da mulher seja respeitado e colocado numa posição mais visível, para ser devidamente conhecido e admirado com respeito.
A mulher com sua dimensão feminina tem na sua sexualidade uma propriedade da sua pessoa, que a informa substancialmente no modo de ser e de atuar ao lado do homem, mas jamais pode ser considerada apenas como um corpo orientado somente para o sexo.
O verdadeiro papel social da mulher ao lado do homem, não é ser uma reprodutora. A mulher com sua tenacidade de espírito e com sua delicada ternura, com sua generosidade incansável e com sua agudeza de inteligência, com sua capacidade de intuição e com seu amor concreto pela outra pessoa, é a pessoa que no seu gênio feminino alicerça profundamente o projeto de Deus para a grande família.

Consideremos a Beata Irmã Dulce dos Pobres, a Beata Madre Teresa de Calcutá, tantas mães de família, outras mulheres que exercem a medicina, a política, a enfermagem, a pedagogia, etc., as meninas e as jovens que se dispõem a um trabalho de voluntariado em ambientes pobres e violentos, todas essas mulheres, conhecidas e anônimas, no celibato e no casamento, na família e no ambiente profissional e social, estão construindo um mundo melhor e mais justo, só por causa da solidez e da firmeza do seu gênio feminino.
*Dom Antonio é bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro