sábado, 10 de março de 2012

NOVO APELO DE BENTO XVI EM DEFESA DA FAMÍLIA NATURAL

A exortação do Papa durante a visita ad limina dos bispos americanos

 
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 09 de março de 2012(ZENIT.org) – Preocupação com a liberdade religiosa e total apoio à Igreja nos Estados Unidos, foram expressos pelo Papa Bento XVI durante a visita ad limina apostolorum dos bispos americanos.
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Depois das Audiências dos meses anteriores (26 de novembro e 19 de janeiro 2012) esta manhã o Papa recebeu os bispos das Regiões VII, VIII e IX. Bento XVI teve a palavra logo após a homenagem do Mons. John Clayton Neintedt, arcebispo de Saint Paul e Minneapolis (Minnesota).
O Santo Padre acolheu a visita dos bispos como uma ocasião para refletir sobre “certos aspectos da evangelização da cultura americana à luz das dificuldades éticas e intelectuais do momento atual”.
 Bento XVI descreveu como “evidente” o enfraquecimento na sociedade americana da instituição do matrimônio e a “difusa rejeição a uma responsabilidade e madura ética sexual, fundamentada na prática da castidade, que leva a graves problemas sociais com imensos custos humanos e econômicos”.
Recordando o beato João Paulo II, que na Familiaris consortio afirmava que “o futuro da humanidade passa pela família”, Bento XVI denunciou as “potentes correntes políticas e culturais que tentam alterar as definições legais do matrimônio”.
O Papa então reiterou a firmeza do magistério católico sobre o matrimonio como instituição “arraigado na complementaridade dos sexos e orientado para a procriação”. Defender tal concepção é então “uma questão de justiça”.
O Pontífice divisou a dificuldade da Igreja em ensinar com uma abordagem justa o sacramento do matrimônio. Uma dificuldade devida, sobretudo, aos “limites nas catequeses das últimas décadas, que não consegue comunicar a rica herança do ensinamento católico sobre o matrimonio como instituição natural, elevada por Cristo a Sacramento”.
Também na pastoral familiar e matrimonial, portanto, o retorno ao Catecismo da Igreja Católica e ao relativo Compendio, é fundamental.
Em nível prático, o Papa afirmou que partilha com os bispos a preocupação em relação a práticas como a “convivência”: vários casais são “inconscientes do fato que se trata de um pecado grave, para não dizer no dano que causa à estabilidade da sociedade”.
Neste sentido o Santo Padre encorajou os bispos americanos a desenvolver “normas pastorais e litúrgicas claras” que não se prestam à ambigüidade.
O Papa acrescentou sua apreciação em relação aos vários planos pastorais promovidos pelas dioceses americanas, a partir da Carta Marriage :Love and Life in the Divine Plan de 2009, até as iniciativas destinadas as pessoas em dificuldades familiares, “especialmente os divorciados e separados, as mães solteiras, as mulheres que contemplam o aborto, e as crianças que sofrem trágicos efeitos da separação dos pais”.
Deve ser redescoberta, a “virtude da castidade”, valendo-se de uma “visão integrada, consistente e elevada da sexualidade humana”. Uma visão bem mais rica e fascinante do que as “ideologias permissivas” que ao contrário, representam uma “potente e destrutiva forma de contra-catequese para os jovens”. 
Os jovens devem encontrar a Igreja na sua “integridade” e nos “desafios de seus ensinamentos contraculturais”, na via do Catecismo que define a castidade como “a conquista do domínio de si, que é pedagogia para a liberdade humana” (n° 2339).
Em sua conclusão Bento XVI se deteve na pedagogia da infância, definindo a criança como “o grande tesouro e o futuro de toda sociedade”. Por este motivo é fundamental que cresçam “com uma saudável compreensão da sexualidade e do papel que é próprio nas relações humanas”.

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