segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PERANTE A ESCURIDÃO DA MORTE, CRISTÃOS TÊM A CERTEZA DA RESSURREIÇÃO


Arcebispo do Rio de Janeiro fala sobre solenidade de Todos os Santos e Finados

RIO DE JANEIRO, (ZENIT.org) – Neste início de novembro, em que a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos e o Dia dos Fiéis Defuntos, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, recorda aos fiéis a importância de rezar pelos falecidos e de reafirmar a certeza na ressurreição.
“São celebrações, como a de Finados, que nos unem aos nossos irmãos e irmãs já falecidos, que se encontram na casa do Pai, ‘onde existem muitas moradas’, e, muitos já fazem parte na comunhão dos santos da Igreja celeste como os Santos e Santas”, afirma Dom Orani, em artigo divulgado à imprensa na quinta-feira.
O arcebispo explica que com o termo comunhão dos santos afirma-se a existência de uma íntima união sobrenatural entre todos os que são membros do Povo de Deus, comunhão que envolve todos os crentes que foram incorporados pelo batismo na Igreja. 
“A Igreja é essencialmente uma comunhão dos santos, tanto entre os fiéis ainda caminhantes para a eternidade, como para os que já nesta se encontram.” 
“É um vínculo de amor e uma abundante e permanente troca de bens espirituais, que a todos beneficia na santidade. Existe uma comunhão espiritual que nos une a todos os batizados, aqueles que morrem na fé e na graça, laços estes que não se rompem com a morte”, afirma.
“Nós, cristãos desse mundo – prossegue Dom Orani –, não cortamos os nossos laços com a Igreja que já se encontra na presença do Pai, mas os que estão lá contam com as nossas orações.”
“Desde os tempos apostólicos, baseada na crença da unidade e do poder da oração, e na comunhão do santos, sempre aconteceu a oração pelos que já se foram, para que estes intercedessem junto de Deus, e que eles também contassem com as nossas orações, tal como contaram em vida com o nosso amor e a nossa atenção.”
Segundo o arcebispo do Rio de Janeiro, a ressurreição de Jesus “aponta sempre para a plenitude da vida. Em toda a liturgia do Dia de Finados a Igreja quer, portanto, celebrar a vida”.
“Viveremos no amor incomparável, no amor sem egoísmo, onde acontecerá a verdadeira partilha numa comunidade sem fronteiras e barreiras humanas, que tanto insistimos em levantar nesse nosso mundo. Nossa oração deve ser, sim, de agradecimento pela vida que nossos irmãos e irmãs têm agora em abundância.”
Ainda de acordo com o arcebispo, celebrar o Dia de Finados “significa professar a fé, a vida e a esperança. Para a escuridão da morte, que a todos angustia, temos, como cristãos, a certeza da ressurreição”.
“A celebração deve estar em torno da morte e ressurreição de Jesus, que é alimento constante na forma de viver uma fé sólida e que nos quer solidários no amor, inclusive com os falecidos.”
De acordo com Dom Orani, a vida do cristão “deve ser esse processo contínuo no amor, e não caminhada para morte. Este compromisso com a vida, talvez o ideal mais perfeito da comunhão dos santos, pode ser uma maneira concreta de sermos solidários com os falecidos”.

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