quarta-feira, 3 de março de 2010


A IMPORTÂNCIA DO MATRIMÔNIO


Uma fundação considera insustentáveis as consequências do divórcio

Por Pe. John Flynn, L.C.

ROMA, terça-feira, 2 de março de 2010 (ZENIT.org).– Com o dia de São Valentim, tanto os bispos dos Estados Unidos como os da Inglaterra e Gales organizaram uma semana de atividades para chamar atenção sobre a importância do matrimônio e a vida familiar
.Ao mesmo tempo, a organização Relationships Foundation publicava dois relatórios sobre o matrimônio. A 9 de fevereiro foi publicado Counting the Cost of Family Failure (Avaliando os custos dos rompimentos familiares) e, no dia seguinte, Why Does Marriage Matter? (Por que o matrimônio é importante?).

O relatório reunia a investigação de numerosos estudos para respaldar a afirmação de que o matrimônio é benéfico para as famílias e a sociedade em geral. Entre os benefícios para o casal estão os seguintes:

–Os homens casados investem de 10% a 40% mais que os solteiros em educação;

–Os casais casados geram maiores finanças que outros casais similares, solteiros ou que moram juntos, inclusive aqueles com rendas similares;

–O matrimônio está associado a uma redução significativa da depressão;

–O estado matrimonial contém o avanço do Alzheimer na terceira idade;

–É mais provável que as pessoas casadas sobrevivam ao câncer;

–As pessoas casadas têm um menor risco de suicídio que as pessoas não casadas, um efeito protetor que se mantém nos últimos 25 anos;

–O matrimônio faz das pessoas mais sadias e felizes, e as pessoas casadas vivem mais.

O casamento também beneficia os filhos:

–Os bebês nascidos de pais casados têm um índice menor de mortalidade infantil. Em média, o risco de mortalidade infantil aumenta entre 25-30% se a mãe forma parte de um casal de fato, e de 45%-68% se a mãe for solteira;

–Os pais casados passam mais tempo com seus filhos, proporcionam-lhes mais recursos materiais, trabalham mais próximos da mãe de seus filhos e estão mais comprometidos, emocional e moralmente, em contribuir com o futuro de seus filhos;

–70% das crianças nascidas em 1997, de pais casados, podem esperar passar toda sua infância com ambos pais naturais, em comparação com 35% dos filhos de casais de fato.

–Levando em conta fatores como raça, educação da mãe, qualidade do bairro e habilidades cognitivas, as crianças criadas com somente um progenitor correm maior risco de acabar na prisão até os 30 anos;

–As crianças que vivem com mães solteiras, padrastos, ou namorados de sua mãe são mais propícias a serem vítimas de abusos, e as crianças que vivem somente com sua mãe tem um índice mais alto de mortes por lesões intencionadas; 


–Crianças cujos pais se casam e permanecem casados têm mais probabilidade de ter no futuro um casamento estável e tendem a esperar o matrimônio para terem filhos.

Os casais de fato, que hoje se costumam apresentar como uma alternativa aceitável ao casamento, simplesmente não possuem os mesmos benefícios do casamento, conclui o relatório.

Viver Juntos 

O relatório explicava que os casais não casados, em média, têm um nível inferior de satisfação em sua relação, mais conflitos, mais violência e um menor nível de compromisso. No geral, a falta de benefícios para os casais de fato em comparação com os matrimônios vem do fato de que as pessoas que escolhem viver juntas e tendem a se comprometer menos em um relacionamento para a vida.


O relatório comentava ainda que alguns opinam que a relação entre famílias sólidas e as vantagens que derivam delas é devido a um efeito de seleção, o que significa que apenas pessoas “casáveis” se comprometem com o matrimônio e todos os benefícios se devem ao tipo de pessoa que o escolhe.

O documento respondia que esse argumento não é válido. Em primeiro lugar, ignora o resultado positivo de tomar uma decisão clara e um compromisso, que tem lugar quando nós nos casamos.

Em segundo lugar, o aumento de nascimentos fora do matrimônio é resultado de uma dramática mudança nas últimas décadas, que tem natureza social e não é o resultado de uma espécie de alteração genética que faz com que as pessoas sejam menos “casáveis”.

Casais 

Estes dois relatórios não são mais que a última amostra de uma “inundação” de documentação que comprova o quanto o matrimônio é importante para a sociedade.
Em outubro de 2009, outra organização do Reino Unido especializada em relacionamentos, One Plus One, publicou um estudo com o nome de When Couples Part: Understanding the Consequences for Adults and Children (Quando os casais rompem: Entendendo as Consequências para Adultos e Crianças).

Após a leitura dos dados da pesquisa, o relatório concluiu que, embora as evidências do impacto das separações matrimoniais sejam muito complexas, “a conclusão predominante é sua associação com as desvantagens de adultos e crianças”.

Essa ligação ainda é forte, apesar do fato de que o divórcio e a separação são difundidos na sociedade de hoje. A pesquisa mostra que os impactos negativos não diminuiram com o passar do tempo , acrescentou o relatório.

“Daí a urgente necessidade de reconhecimento político para que promovam o desenvolvimento familiar e a estabilidade”, concluía.

Crianças 

Bento XVI falava recentemente dos benefícios do matrimônio, no dia 8 de fevereiro, aos participantes da assembleia plenária do Pontíficio Conselho para a Família. Fazendo referência à necessidade de proteger as crianças, o Papa comentava: “precisamente a família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, é a maior ajuda que se pode dar às crianças”.


“Elas querem ser amadas por uma mãe e um pai que se amam, e necessitam crescer e viver junto com ambos pais, porque as figuras materna e paterna são complementares na educação dos filhos e na construção da sua personalidade e de sua identidade”, acrescentou.

“Portanto, é importante fazer todo o possível para ajudá-las a crescer em uma família unida e estável”, recomendava o Papa.

Seja uma perspectiva sociológica ou religiosa, parece ter sentido apoiar e proteger o casamento

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